«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





quarta-feira, 12 de julho de 2017

Isabel de Aragão - Entre o céu e o inferno - Isabel Stilwell

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Isabel de Aragão - 
Entre o céu e o inferno - A rainha que Portugal imortalizou como Rainha Santa
 Isabel Stilwell
Editora: Manuscrito
 1ª Edição: 
Nº de Páginas: 528

Entre o céu e o inferno. Assim foi a vida de Isabel de Aragão.

Nasceu envolta no saco sagrado, a 11 de fevereiro de 1270, em Saragoça. Cresceu a ouvir histórias de grandes conquistas, de reinos divididos por lutas sangrentas entre pais e filhos e entre irmãos. A história de Caim e Abel. Uma história que se repetiu ao longo da sua vida… Aos 12 anos casou com D. Dinis, rei de Portugal, e junto dele governou durante 44 anos. Praticou o bem, tocou em leprosos e lavou-lhes os pés, gastou a sua fortuna pessoal a ajudar os que mais precisavam e mandou construir o mosteiro de Santa Clara. Da sua lenda fazem parte milagres. 

Junto dos seus embaixadores e espiões, com a ajuda da sua sempre fiel Vataça, jogou de forma astuta no tabuleiro do poder. Mas a história teimava em repetir-se. Caim e Abel. Pai contra filho, o seu único filho varão contra os meios-irmãos bastardos. 

Sempre acreditou que a película em que nascera a protegeria de tudo, mas nos últimos tempos de vida sentia-se frágil e vulnerável. E duvidava. Onde falhará como mulher e mãe? 


Comentário

Isabel Stilwell, é sem dúvida uma das melhores escritoras de romances históricos, ou melhor biografias romanceadas de personagens históricas. Consegue com a sua arte para contar estorias, da vida "romanceada" da personagem biografada, no contexto histórico da época, sem desvirtuar os factos históricos, onde  toda a narrativa, mesmo a  ficcionada, se enquadra na história sem nunca a pôr em causa. 
Em, Isabel de Aragão - Entre o céu e o inferno, a Autora dá-nos a conhecer uma "Rainha Santa" de "carne e osso" que foi mãe, mulher, que intervém nas questões políticas do seu tempo, com opinião própria, ao contrário da ideia de mulher submissa e temerosa, - São rosas Senhor, ...são rosas - lutou e empenhou-se na defesa das suas causas e interesses políticos. Não foi só Santa, também foi Rainha, acima de tudo Pessoa.
Classificação: 9,5/10