«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





sexta-feira, 30 de junho de 2023

Gonçalo Velho? Eu?… - José Alfredo Ferreira Almeida


Nova entrada na Biblioteca JMO


Gonçalo Velho? Eu?…
Autor: José Alfredo Ferreira Almeida

Edição: outubro de 2020
EDITORA: Letras Lavadas

 


SINOPSE

Na década de cinquenta do século XX, ao oferecer ao Município Ponta-delgadense a estátua que evocava o navegador Gonçalo Velho para a praça fronteira às Portas da Cidade, o Governo suscitou uma acalorada polémica na sociedade micaelense e criou um imbróglio que subsiste, até ao presente, à volta daquela mal-amada obra de arte: – Quem é a personagem realmente evocada na estátua? E as interrogações sucedem-se em catadupa: – Se aquele não é o Gonçalo Velho, então, quem é “ele”? – Houve alguma troca de estátuas (como é voz corrente e persistente há mais de meio século)? – E, se tal aconteceu, onde está então a “outra” estátua? Curiosamente, esta suposta estátua do Comendador de Almourol aponta para si mesma, como que a interrogar-se, duvidando da própria identidade: – Mas… quem sou eu?!… Um gilvaz – palavra que significa golpe ou cicatriz da cara e titula o livro das “venturas e desventuras de mui ilustres figuras” – é a chave do deslindamento, que se crê bem-sucedido, do imbróglio centrado na oferta, incómoda e inoportuna, do Estado Novo a Ponta Delgada para o embelezamento de um novo espaço no coração desta urbe, velha de cinco séculos.