«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





domingo, 28 de maio de 2023

A DANÇA DOS LOUCOS - SÉRGIO LUÍS DE CARVALHO



A DANÇA DOS LOUCOS
SÉRGIO LUÍS DE CARVALHO
Edição ou reimpressão: 01/02/2023
Chancela: Clube do Autor
Categoria: Literatura Lusófona
Temática: Romance Histórico



Um romance baseado em factos reais que revela memórias esquecidas da História de Portugal e da Europa em tempos de crise e de revolução

SINOPSE

No dia 19 de abril de 1506, em Lisboa, em pleno domingo de Páscoa, um homem explicou por que razão uma cruz de prata brilhava intensamente na Igreja de São Domingos, no Rossio. Esse simples facto desencadeou uma das maiores matanças da História de Portugal. Devastado, Mestre Navarro parte com as filhas para longe da perseguição.
No dia 14 de julho de 1518, a senhora Troffea começou a dançar freneticamente e sem razão aparente. Em vão a tentaram ajudar, mas a senhora não conseguia parar. Ao fim de alguns dias, eram mais de quatrocentas pessoas a dançar ininterruptamente, alheadas e desesperadas… Foi o início de uma das mais estranhas e bizarras epidemias da História.
Que ligação haverá entre estes dois acontecimentos, um tão trágico, outro tão pícaro?

Comentário:
Sérgio Luís de Carvalho, -  nesta obra a dois "tempos" e em dois cenários : Abril de 1506,  Lisboa; Julho de 1518, Estrasburgo, (artificialmente ligados por uma liberdade literária) - pôs  todo o seu talento de grande romancista e historiador, para criar, mais um grande Romance Histórico, que proporciona  ao leitor - apesar da violência  dos actos bárbaros e cruéis ocorridos  em Abril de 1506 na cidade de Lisboa, e da crueza e sofrimento dos acontecimentos de Julho de 1518 na cidade de Estrasburgo - ,  bons momentos de leitura, ao mesmo tempo que o "desperta" para a necessidade de a Humanidade reflectir sobre estes e tantos outros acontecimentos - cruéis, violentos, desumanos e de intolerância, seja por motivos religiosos ou quaisquer outras diferenças do outro, que infelizmente proliferem na sua história, retirando dai ensinamentos para já presente e no futuro não cometer as mesma  atrocidades.

Classificação: 10/10


O ANIBALEITOR - Rui Zink


O ANIBALEITOR

Rui Zink

Edição/reimpressão: 05-2023

Editor: Porto Editora

 

SINOPSE

Com vontade de fugir à rotina e às obrigações do quotidiano, um jovem rebelde embarca acidentalmente numa viagem que se tornará inesquecível. O capitão quer capturar o Anibaleitor, um monstro mítico e feroz.
Porém, quando se encontram, o jovem e Anibaleitor criam uma amizade inesperada, e dão consigo a conversar sobre a estranheza do mundo.
Surpreendido por conhecer um monstro sábio, divertido e devorador de livros, conseguirá o jovem ajudá-lo a escapar à perseguição?

Comentário:

Soube-me bem comer, digo, ler este delicioso livro, mas soube a pouco, pela sua prosa ou poesia, isso depende de quem o lê, de escrita despreocupada feita de palavras simples mas de grande conteúdo, é um alimento saboroso para o estômago, digo, alma de um leitor insaciável de boas leituras. O comentário a este livro pode ser resumido numa frase (que é o lema deste blogue) "LER FAZ BEM À ALMA".

Classificação: 10/10

 

sábado, 27 de maio de 2023

Filipe I de Portugal - Isabel Stilwell


Filipe I de Portugal
Isabel Stilwell
Editorial: Planeta
Tema: Romance histórico
Coleção: PLANETA PORTUGAL





 Sinopse de Filipe I de Portugal:

D. Catarina recusava-se a ir. A raiva a toldar-lhe os pensamentos. Era ela a legítima pretendente ao trono de Portugal. Filha de D. Duarte, casada com o duque de Bragança, neta de D. Manuel I. Não, não iria às Cortes de Tomar assistir ao juramento.
Ao contrário da maioria da nobreza portuguesa, nunca aceitaria que o rei de Espanha se tornasse Filipe I de Portugal. Continuaria a lutar até ao fim pela independência da coroa que era sua, nem que para isso tivesse de sacrificar tudo e todos.
Filipe tentou que D. Sebastião desistisse da ideia de lutar contra os mouros em Alcácer Quibir. Mas o destino estava traçado. Morto o rei de Portugal, era preciso pensar no futuro. Filho de D. Isabel e do imperador Carlos V, neto mais velho de D. Manuel I, entraria triunfante com os exércitos em Portugal, o país da sua adorada mãe, e reclamaria o que era seu por direito. Nem mesmo o fascínio que nutria pela sua prima Catarina o iria desviar do seu objetivo.
Isabel Stilwell, autora de romances históricos mais lida em Portugal, traz-nos uma história empolgante repleta de conspirações e intrigas, acerca de um período fundamental e conturbado da nossa História.
Narrado a duas vozes, ficamos a conhecer Catarina, uma mulher fascinante e corajosa, esquecida pela História, e Filipe I, um rei apaixonado por arquitetura e botânica, atormentado por episódios obscuros que deram origem a uma lenda negra que ficaria para sempre associada ao seu reinado.

Comentário:

Isabel Stilwell, no seu estilo inconfundível, cria mais um "romance histórico" que prima pela qualidade e pelo rigor histórico.
– FILIPE I DE PORTUGAL O REI MALDITO – tem como cenário o reinado de D. Sebastião, dos antecedentes da famigerada batalha de Alcácer-Quibir até ao reinado do de Filipe I de Portugal (II de Espanha), o agitado e dramático período compreendido entre estes acontecimentos, marcantes na história de Portugal, que tiveram como corolário a perda da independência Nacional, não se desenrolou só nos campos de batalha e no plano nacional, travou-se também nos campos diplomáticos e no plano internacional, principalmente em França, Inglaterra e Vaticano.  
Isabel Stilwell, conta-nos a história e a estória, pela perspectiva de duas das personagens mais importantes neste período: Filipe I de Portugal (II de Espanha) e Catarina de Bragança, que de lados opostos lutaram pelos seus interesses e direitos, não sendo esquecido D. António Prior do Crato, onde não falta; intrigas, traições, conspirações, alianças, paixões, resultando numa narrativa simples mas empolgante e  agradável leitura,

Classificação: 9,5/10