«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A Princesa dos Bijagós - Alexandre Faria


Nova entrada na Biblioteca JMO

Próximas leituras...

A Princesa dos Bijagós
Alexandre Faria
Ilustração: Ricardo Braz
Editor: Editorial Novembro
Edição: outubro de 2023


SINOPSE
Ilustrações do Miolo: Alunos da da Escola Primária de Eticoga – Orango – Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Alexandre Faria, depois de escrever o romance Okinca, dedica A Princesa dos Bijagós às crianças africanas.
Era uma vez uma princesa que vivia numa ilha no meio do Oceano Atlântico. Não tinha mais de 8 anos, mas o desejo de ser uma grande rainha, superava todos os outros.
O reino situava-se no Arquipélago dos Bijagós, no continente africano, e Orango, a terra insular onde habitava, era a última das oitenta e oito ilhas, repleta de animais exóticos e de aldeias espalhadas ao longo do seu território.
A princesa chamava-se Pampa, gostava de usar tranças no seu cabelo e, desde que nascera, preparava-se da melhor forma para suceder aos seus pais, assim que a altura chegasse.

Glamim - A Travessia - Maria Alzira Cabral


 Nova entrada na Biblioteca JMO

Próximas leituras...

Glamim - A Travessia
de Maria Alzira Cabral
Editor: Editorial Novembro
Edição: outubro de 2023


SINOPSE

«A água reflete no impercetível movimento o azul do fundo da banheira. Dispo-me antes de mergulhar na sua bênção. Olho o meu corpo nu cuja perfeição é um dos indícios da sua origem artificial. Reconheço o paradoxo que me anima: uma mente masculina num corpo tão feminino. No meu olhar revive o Narciso que se enamorou de si próprio ao ver o rosto refletido na água. O corpo que Ahed me emprestou é belo como o mármore das estátuas talhadas por mestres escultores. Assim se manterá durante vinte anos, o tempo de vida que com ele me foi concedido.
Afundo-me na banheira, mas não posso usufruir o prazer daquele momento com o vagar que ele exige já que o tempo comanda com mais premência a vida dos glamim do que a dos homens, pois eles conhecem desde o início o dia do seu fim.»
 In contracapa Glamim - A Travessia

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Ensina-me a Voar sobre os Telhados - João Tordo


 


Ensina-me a Voar sobre os Telhados
João Tordo
Editor:  Companhia das Letras



SINOPSE

Japão 1917. Por desonrar o nome da família, o jovem Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, um poderoso governador, num ilhéu inóspito. Abandonado, o rapaz irá deparar-se, pela primeira vez, com o terrível segredo da família Tsukuda, enquanto luta para sobreviver à fome, à sede e à culpa.

Lisboa, cem anos depois. No Liceu Camões, um dos mais antigos da cidade, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula. O nosso narrador, funcionário do liceu e alcoólico em recuperação, decide inaugurar uma reunião semanal para ajudar os colegas a superar o choque. Numa noite de Inverno, um misterioso desconhecido aparece no encontro. É japonês e chama-se Tsukuda. O seu estranho comportamento desperta no narrador um fascínio doentio. Ambos são perseguidos pelo passado, ambos desejam o impossível.

Algures entre o sonho e a mais pura realidade, Ensina-me a voar sobre os telhados é um lugar onde um pai e um filho aprendem a amar-se, é um espaço onde se procura aceitar dores antigas e abraçar a fragilidade humana. Um romance que é uma elegia à beleza imperfeita da vida.

Comentário:

"Um romance que conta a vida de pessoas comuns, - não de  heróis  com uma vida  cheia de aventuras fantásticas e grandes feitos -,  em que nada acontece para além do que é normal "nas vidas banais". Um romance profundamente  analítico, introspectivo, sobre a vida das pessoas comuns,  que são todas aquelas que têm vidas banais, por isso mesmo pessoas "extraordinárias". As histórias extraordinárias são aquelas que contam as vidas banais. 

Este Romance foi a minha estreia na Obra de João Tordo, adorei é um Romance Extraordinário. 

Classificação: 10* /10