Nova entrada na Biblioteca JMO
Autor: José Alfredo Ferreira Almeida
EDITORA: Letras Lavadas
SINOPSE
Na década de cinquenta do século
XX, ao oferecer ao Município Ponta-delgadense a estátua que evocava o navegador
Gonçalo Velho para a praça fronteira às Portas da Cidade, o Governo suscitou
uma acalorada polémica na sociedade micaelense e criou um imbróglio que
subsiste, até ao presente, à volta daquela mal-amada obra de arte: – Quem é a
personagem realmente evocada na estátua? E as interrogações sucedem-se em
catadupa: – Se aquele não é o Gonçalo Velho, então, quem é “ele”? – Houve
alguma troca de estátuas (como é voz corrente e persistente há mais de meio
século)? – E, se tal aconteceu, onde está então a “outra” estátua?
Curiosamente, esta suposta estátua do Comendador de Almourol aponta para si mesma,
como que a interrogar-se, duvidando da própria identidade: – Mas… quem sou
eu?!… Um gilvaz – palavra que significa golpe ou cicatriz da cara e titula o
livro das “venturas e desventuras de mui ilustres figuras” – é a chave do
deslindamento, que se crê bem-sucedido, do imbróglio centrado na oferta,
incómoda e inoportuna, do Estado Novo a Ponta Delgada para o embelezamento de
um novo espaço no coração desta urbe, velha de cinco séculos.
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