Nova entrada na Biblioteca JMO
GARGÂNTULA E PANTAGRUEL
François Rabelais
Grandes Classicos da Literatural Mundiald
Edição; Amigos do Livro
SINOPSE
Gargântua, gigante cujas
primeiras referências surgem nos ciclos arturianos, os primeiros romances de
cavalaria, recomenda ao seu filho, Pantagruel, que, dados os tempos, se torne
num «abismo de ciência»… Quando se publicaram os dois primeiros volumes – primeiro
Pantagruel e depois, em data incerta, Gargântua – estamos em pleno Renascimento
e, contra a Igreja e uma certa moral vigente, os sábios começam a viajar pela
Europa para cruzar os mais diversos saberes e a questionar muito daquilo que a
doutrina católica dava como inatacável. Recomenda-nos, pois, o texto que não
interpretemos estas aventuras no seu sentido literal, mas que percebamos que
ela tem múltiplos sentidos. As aventuras dos dois gigantes e dos seus
companheiros são um festim de saberes antigos, modernos e fantasiosos.
Pantagruel, na missão de que foi incumbido pelo pai, absorve e partilha
conhecimentos, aplicando-os de forma prática e verdadeiramente original numa
sátira total à Universidade (Sorbonne), então ainda controlada pela Igreja. Ao
mesmo tempo, Pantagruel especializa-se também em comida e bebida – além de
todas as outras áreas do saber – o que transforma esta obra numa das mais bem
regadas da literatura universal. O leitor pode ler estas aventuras como um
romance de cavalaria, uma narrativa fantástica, um libelo pela liberdade de
expressão, uma obra humorística, um receituário diverso, um texto filosófico,
um documento histórico, uma crítica (bastante actual) aos extremismos
religiosos e morais, bem como às instituições políticas, uma carta de vinhos ou
como a base de muito do conhecimento dos nossos tempos. Certo é que não o fará
sem um sorriso no rosto e sem que se lhe abra o apetite ou lhe suplique a
garganta pelo néctar de Baco.