«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

O Ladrão de Livros - Carlos J. Barros








O Ladrão de Livros
Carlos J. Barros
1ª Edição -Porto - Março de 2009
Editora - Fronteira do Caos

O Ladrão de Livros é um convite a uma meditação interior, a uma viagem pela nossa solidão, com um destino bem definido a nossa redescoberta. É ténue a fronteira entre o sonho e a realidade. Realidade que nos conduz a uma paz e nos ensina a sorrir para a vida, independentemente das circunstâncias, dos nossos recalcamentos, dos nossos fantasmas...
"É preciso acreditar, para darmos o próximo passo"

Comentário 
Este romance  é uma reflexão sobre - a "Alma" dos Livros, - a Alma do Escritor que fica no livro que escreve, - o Leitor  que rouba a "Alma" do Livro.
O Escritor transmite, a cada uma das  personagens que cria, um pouco da sua alma, estas ao longo da narrativa ganham  "alma" independente da de quem as criou, escolhendo, por vezes, caminhos alternativos sulcados pelo meio da "alma" do escritor, levando este a descobrir recantos da sua, que desconhecia ou que estavam esquecidos no fundo de si mesmo. 
O Leitor, ao satisfazer a sua necessidade de ler, alimenta-se da alma do livro que lê, rouba-lhe a alma, mas não a mesma que o escritor deixou, porque outra é a "alma" do Leitor, diferente é o que absorve da alma do livro que lê. Cada leitor que lê o livro absorve dele uma alma diferente, não há dois leitores iguais, não há duas almas iguais, mas há num livro vários livros, tantos quantos os leitores que lhe roubam a alma.
Este livro alimentou a minha alma de leitor, fazendo-lhe bem, dando significado à máxima (deste leitor) - LER FAZ BEM À ALMA. -

Classificação 10/10

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