«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





segunda-feira, 8 de março de 2021

Dança das Estrelas - Ema Donoghue








Dança das Estrelas

Ema Donoghue 

Edição/reimpressão: 03-2021
Editor: Porto Editora

Obrigado Porto Editora!

    No cenário da mortífera gripe espanhola, uma história de esperança e sobrevivência contra 
todas as expectativas

Dublin, 1918.
Numa Irlanda duplamente devastada pela guerra e doenças, a  trabalha num hospital sobrelotado e com falta de pessoal, onde grávidas que contraíram uma gripe desconhecida são colocadas em quarentena. Neste contexto já bastante difícil de gerir, Julia terá ainda de lidar com duas mulheres enigmáticas: a Dra. Kathleen Lynn, procurada pela polícia por ser uma líder revolucionária do Sinn Féin, e uma jovem ajudante voluntária sem experiência de enfermagem, Bridie Sweeney.
É numa enfermaria minúscula, escura e sem condições, que estas mulheres vão lutar contra uma pandemia desconhecida, perder pacientes, mas também trazer novas vidas ao mundo. No meio da devastação, histórias de amor e humanidade no dia a dia de mães e cuidadoras que, de várias formas, acabam por cumprir missões quase impossíveis.


Comentário.

A história é "centrada" num hospital em Dublin em finais do ano de 1918, em plena pandemia da "gripe espanhola"- A obra foi publicada 2020, ano da pandemia Covid 19. Premonição? (pergunta  inevitável).  Não! com certeza que não. Mas obriga a reflectir nas semelhanças - avisando que a História se repete e que das suas "lições" devemos tirar algum ensinamento. 
A narrativa é de construção simples, com personagens principais  bem construídas  - a enfermeira Julia Power e a ajudante Bridie Sweeney - que fazem da historia com, sofrimento, dor, morte,  uma história de humanidade, de amor, e de abnegação ( aqui também a semelhança com a actual pandemia Covid 19, em que é de louvar e principalmente agradecer  -  a humanidade, o amor, a abnegação - de todos os profissionais de saúde).
Apesar do sofrimento, desalento, dor, morte, a história cativa, diria mesmo é "bonita" pela humanidade e amor que  a enfermeira Julia Power e ajudante Bridie Sweeney,  trazem para a narrativa tornando esta mais leve e de leitura compulsiva. 


Classificação 10/10


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