Terra do Pecado
José Saramago
Janeiro 1999 / Circulo de Leitores
Em entrevista ao jornal O Independente, em 17 de maio de 1991, dizia o escritor sobre este seu primeiro romance:
Terra do Pecado
José Saramago
Janeiro 1999 / Circulo de Leitores
Em entrevista ao jornal O Independente, em 17 de maio de 1991, dizia o escritor sobre este seu primeiro romance:
SINOPSE
Descrição
A localização estratégica da Terra Santa como principal ponte terrestre do Mediterrâneo Oriental tem, desde a Antiguidade, obrigado os seus habitantes desejosos de independência a manterem uma máquina de guerra eficaz e a utilizarem-na com perícia de tempos a tempos, de forma a não abdicarem da sua liberdade. Somente deste modo, e através de uma total exploração militar do terreno, conseguiram os Judeus de antanho manterem-se senhores de facto do antigo Israel durante doze séculos.Estes feitos militares de uma pequena nação, combatendo quase sempre em grande inferioridade, afiguram-se-nos dignos de registo.
Além de oferecer o contexto e a interpretação militares dos acontecimentos que deram forma à história bíblica, a análise crítica das guerras e assuntos militares da Bíblia encerra muitas lições que ainda hoje são válidas.
Comentário:
As Batalhas Da Bíblia, analizadas por especialistas em estragégia militar, faz o enquadramento histório da ajudando a compreender melhor "as passagens" da Biblia. referentes "histório de Israel e do seu povo"
Classificação: Recomendo para o estudo da Biblia. História de Israel e do seu povo
O Segredo de
Espinosa
José Rodrigues dos
Santos
Editora: Planeta
Edição: 2ª /
Novembro /2023
O Instinto Supremo
Ferreira de Castro
Edição Corrente / 1968
Editora; Guimarães & Cª
SINOPSE
Sinopse
A imensidão da obra torna-a
difícil de resumir de forma clara e concisa. Além disso, o autor alinhava sua
narrativa com muitas reflexões pessoais que tendem a quebrar o ritmo da
leitura. A ação se instala entre 1805 e 1820, ainda que, em realidade, a essência
da obra se concentre em determinados momentos-chave: a Guerra da Terceira
Coalizão (1805), a Paz de Tilsit (1807) e enfim a Campanha da Rússia (1812). No
entanto seria falso acreditar que "Guerra e Paz" trate apenas das
relações franco-russas à época. Além das batalhas de Schoengraben, Austerlitz e
de Borodino, Tolstói descreve com bastante cuidado e precisão os milhares de
nobres da Rússia czarista, abordando diversos temas então em moda; a questão
dos servos, as sociedades secretas e a guerra. Os personagens de "Guerra e
Paz" são tão abundantes e ricamente detalhados que é difícil encontrar na
obra um "herói", apesar de ser Pierre Bézoukhov o personagem mais
recorrente.
Nova entrada na Biblioteca JMO
A ÚLTIMA DONA DE SÃO
NICOLAU
ARNALDO GAMA
Edição Popular / 1937
Casa Editora de A. Figueirinhas Lda - Porto
"A ÚLTIMA DONA DE SÃO
NICOLAU" Episódio da história do porto no século XV
Os amores de uma Cristã com um Judeu,
que por preconceitos sociais e religiosos tinham como pecaminosos e proibidos, ditaram
uma jovem dama, como destino a ser uma das “emparedadas de São Nicolau". Tem como palco as ruas da cidade, e da judiaria do Porto no 1474. Arnaldo
Gama inclinava-se para que fosse no recolhimento de Nossa Senhora da Silva o
internamento das emparedadas, situado ali para os lados rua dos Caldeireiros.
PARA ONDE VÃO OS GUARDA-CHUVAS
Afonso Cruz
1ª Edição de Bolso Abril 2021
Editora: Companhia das Letras
SINOPSE
O pano de fundo deste romance é um Oriente efabulado, baseado no que pensamos ter sido o seu passado e acreditamos ser o seu presente, com tudo o que esse Oriente tem de mágico, de diferente e de perverso. Conta a história de um homem que ambiciona ser invisível, de uma criança que gostaria de voar como um avião, de uma mulher que quer casar com um homem de olhos azuis, de um poeta profundamente mudo, de um general russo que é uma espécie de galo de luta, de uma mulher cujos cabelos fogem de uma gaiola, de um indiano apaixonado e de um rapaz que tem o universo inteiro dentro da boca.
Um magnífico romance que abre com uma história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal e se desdobra numa sublime tapeçaria de vidas, tecida com os fios e as cores das coisas que encontramos, perdemos e esperamos reencontrar.
Comentário:
Um romance em que não encontrei o "fio" condutor da estória,
SINOPSE
Biografia Involuntária dos Amantes
João Tordo
Editor. Companhia das Letras
SINOPSE
Próximas leituras...
Próximas leituras...
SINOPSE
SINOPSE
Japão 1917. Por desonrar o nome da família, o jovem
Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, um poderoso governador, num ilhéu
inóspito. Abandonado, o rapaz irá deparar-se, pela primeira vez, com o terrível
segredo da família Tsukuda, enquanto luta para sobreviver à fome, à sede e à
culpa.
Lisboa, cem anos depois. No Liceu Camões, um dos
mais antigos da cidade, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula.
O nosso narrador, funcionário do liceu e alcoólico em recuperação, decide
inaugurar uma reunião semanal para ajudar os colegas a superar o choque. Numa
noite de Inverno, um misterioso desconhecido aparece no encontro. É japonês e
chama-se Tsukuda. O seu estranho comportamento desperta no narrador um fascínio
doentio. Ambos são perseguidos pelo passado, ambos desejam o impossível.
Algures entre o sonho e a mais pura realidade,
Ensina-me a voar sobre os telhados é um lugar onde um pai e um filho aprendem a
amar-se, é um espaço onde se procura aceitar dores antigas e abraçar a
fragilidade humana. Um romance que é uma elegia à beleza imperfeita da vida.
Comentário:
"Um romance que conta a vida de pessoas comuns, - não de heróis com uma vida cheia de aventuras fantásticas e grandes feitos -, em que nada acontece para além do que é normal "nas vidas banais". Um romance profundamente analítico, introspectivo, sobre a vida das pessoas comuns, que são todas aquelas que têm vidas banais, por isso mesmo pessoas "extraordinárias". As histórias extraordinárias são aquelas que contam as vidas banais.
Este Romance foi a minha estreia na Obra de João Tordo, adorei é um Romance Extraordinário.
Classificação: 10* /10
O Balio de Leça
Arnaldo Gama
Editora: Livraria Tavares Martins
Ano de edição: 1935
Romance histórico, de Arnaldo
Gama, editado postumamente, em 1872, cuja ação se desenrola no século XIV e que
aborda o tema da decadência da Ordem dos Templários. O protagonista, citado no
título da obra, é o velho balio (ou bailio) da ordem, que, ao regressar de uma
peregrinação à Terra Santa, vem encontrar os seus cavaleiros mergulhados em
vícios.
A obra-prima pelo rigor
documental empregue na evocação da Idade Média, evidenciado nas notas e nos
comentários explicativos do narrador acerca da terminologia e dos costumes
referidos na intriga, e pela acuidade psicológica posta na delineação dos
caracteres.
Comentário:
Uma estória bem contada, onde não faltam, os sentimentos: amor, inveja, vingança, e uma dramatização intensa (em puro estilo "Romântico") em que as referências históricas servem de pretexto ao ao autor para criar o enredo, a volta das personagens históricas, com o auxilio de outras personagens, por si criadas, que desenvolvem a narrativa dando-lhe ação e emoção num ritmo que cativa o interesse do leitor da primeira à última página.
Classificação: 10/10
SINOPSE
SINOPSE
Sinopse
SINOPSE
Este livro, para maiores de 18 anos, conta-nos a história de Benedita Portugal de Castro, que desembarcou em 1846 em Ponta Delgada, na companhia de cinco marujos, rumo a Vila Franca do Campo, para servir a Cristo. Contrariando as suas expectativas iniciais, esta acabou fazendo história como poetisa, compositora e maestrina na orquestra do Convento de Santo André.
Benedita Portugal de Castro
Em que parte da vida deste convento entra a música? A leitura? O cultivo das artes? A contemplação das árvores? O encontro com o mar? Em que parede desta casa está inscrito o infinito? Estamos obrigadas à bondade? Que devemos fazer aos pensamentos lascivos? Em que lugar desta casa devemos abandonar a vontade de homem? Quem esventra porcos, cabritos e vitelos? É permitido manter o coração no peito, ou temos de o deixar lá fora? Quem veste as irmãs defuntas de uma casa onde a Fé se apalpa, se excita, aviva, adormece e morre? Porque razão têm as gavetas um só puxador? O padre, que rezou a missa há pouco, visita na intimidade as irmãs? Com que frequência as luas nos pintam de sangue as pernas? Em que lugar deste convento sacrificam as crianças nele nascidas? O que fazer às penas das asas dos pássaros caídos no jardim? Quem cava o quintal? Que castigo reservam às irmãs que violam noviças? O pecado da masturbação é igualmente punido, se o coadjuvante tiver sido colhido na horta? A quem cabe enfeitar de flores a capela? As irmãs mortas por solidão são enterradas no mesmo cemitério que recebe o corpo das que morrem sifilíticas? Concluindo. Deus chamou me a esta casa para nela me santificar! Para que se cumpra a vontade de Deus, preciso que a irmã me responda a todas as dúvidas colocadas.
Comentário:
"Quem está no convento é que sabe o que vai lá dentro" Este dito popular sempre me despertou a curiosidade, por isso e, levado pelo título deste livro - "Memórias de Madre Aliviada da Cruz" - prometia ser desta, os meus sentidos correram, pelas páginas do livro, com um desejo ardente e insaciável de coscuvilhar, "o que vai dentro do convento" e, pela voz de " quem está lá dentro" saciar a curiosidade. Não sei se fiquei saciado, mas foi uma leitura agradável, com algum humor por vezes sarcástico e com um forte tom de crítica social.
Classificação: 9/10
SNIPOSE
Em 1562, em Vila Franca do Campo, nos Açores, nasce
Luís Gonçalves. Cerca de 20 anos mais tarde, após ter sido destacado para a
Índia como soldado, abandonando uma vida boémia e licenciosa, Luís Gonçalves
ingressa na Companhia de Jesus, em Goa. Em 1588, toma o nome de Bento de Góis e
opta pela vida missionária em vez da ordem sacerdotal. Vestindo-se com trajes
de mercador, parte, em 1602, em busca do Cataio e de comunidades cristãs
perdidas na Ásia. Ingressa, primeiramente, numa caravana que o levará até Cabul
e daí parte em nova caravana, chegando a Sucheu, na China, em 1605. Torna-se no
primeiro europeu, em muitos séculos, a atravessar a Ásia Central e a chegar à
China pelo ocidente.
Embora a viagem de Bento de Góis seja uma das
maiores explorações da história da humanidade, são poucos os que, atualmente,
sabem quem foi este jesuíta.
Com Bento de Goes, uma longa caminhada na Ásia Central, Henrique Levy presta uma justa homenagem ao enorme explorador, mas faz mais do que isso: com recurso a uma arquitetura narrativa magistral e entretecendo habilmente os fios da história com os fios da ficção, faz renascer, através da voz múltipla de quatro narradoras, o quotidiano de Vila de Franca do Campo de há 500 anos e enlaça, de forma sublime, pela voz de Luís Gonçalves, a narrativa dos acontecimentos futuros, acrescentando, ao mosaico de personagens e episódios de uma narrativa, o relato da odisseia de Bento de Góis.
SINOPSE
Na década de cinquenta do século
XX, ao oferecer ao Município Ponta-delgadense a estátua que evocava o navegador
Gonçalo Velho para a praça fronteira às Portas da Cidade, o Governo suscitou
uma acalorada polémica na sociedade micaelense e criou um imbróglio que
subsiste, até ao presente, à volta daquela mal-amada obra de arte: – Quem é a
personagem realmente evocada na estátua? E as interrogações sucedem-se em
catadupa: – Se aquele não é o Gonçalo Velho, então, quem é “ele”? – Houve
alguma troca de estátuas (como é voz corrente e persistente há mais de meio
século)? – E, se tal aconteceu, onde está então a “outra” estátua?
Curiosamente, esta suposta estátua do Comendador de Almourol aponta para si mesma,
como que a interrogar-se, duvidando da própria identidade: – Mas… quem sou
eu?!… Um gilvaz – palavra que significa golpe ou cicatriz da cara e titula o
livro das “venturas e desventuras de mui ilustres figuras” – é a chave do
deslindamento, que se crê bem-sucedido, do imbróglio centrado na oferta,
incómoda e inoportuna, do Estado Novo a Ponta Delgada para o embelezamento de
um novo espaço no coração desta urbe, velha de cinco séculos.
Um romance baseado em factos reais que revela memórias esquecidas da História de Portugal e da Europa em tempos de crise e de revolução
SINOPSE
O ANIBALEITOR
Rui Zink
Edição/reimpressão: 05-2023
Editor: Porto Editora
SINOPSE
Comentário:
Classificação: 9,5/10
João Pedro Marques
Edição/reimpressão: 03-2023
Editor: Porto Editora
SINOPSE
Até ao Fim da Terra começa em Setembro de 1810, na
época em que o exército de Massena invade Portugal e se aproxima da serra do
Buçaco. Enquanto as tropas francesas ocupam e saqueiam Coimbra, as forças
luso-britânicas de Wellington recuam estrategicamente para as Linhas de Torres
Vedras, acompanhadas por milhares de civis que fogem da guerra. É nesse
contexto de retirada, durante a viagem para sul, que o capitão de cavalaria
Bento Calheiros trava conhecimento, por puro acaso, com Maria Constança
Barreto, e que, adiante, lhe fará uma promessa solene.
Irá o capitão português conseguir cumprir o
prometido? Para o saber, o leitor terá de acompanhar Bento Calheiros numa
demanda que o fará encontrar-se com o tenente Laforêt, dos hussardos franceses,
com Florencia, a espanhola que todos conhecem como rainha das cantineiras, e
cruzar o seu caminho com os do Marquês de Alorna e de outros personagens que
povoaram esse tempo e esse mundo.
Sendo uma viagem através dessa época convulsiva,
Até ao Fim da Terra é, também, uma história de abnegado amor, de compromisso de
honra e de remissão de uma culpa.
Uma estória bem contada, vivida
na "época em que o exército de Massena invade Portugal e se aproxima da
serra do Buçaco. Enquanto as tropas francesas ocupam e saqueiam Coimbra, as
forças luso-britânicas de Wellington recuam estrategicamente para as Linhas de
Torres Vedras, acompanhadas por milhares de civis que fogem da guerra". A
narrativa está perfeitamente enquadra na época, com rigor histórico sem por em
causa a História com personagens bem construídas no contexto da época, tem:
aventura; ação; traição; sofrimento; medo; coragem e amor, movido por ele Bento
Calheiros vai até ao fim da terra.