«No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ''Tesouro dos remédios da alma''. De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.»

Jacques Bossuet





sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

O Livro da Mitologia Celta - Vivenciando os Deuses e Deusas Ancestrais - Claudio Quintino Crow


O Livro da Mitologia Celta - Vivenciando os Deuses e Deusas Ancestrais
Claudio Quintino Crow

Editora: Zéfiro
Coleção: Triskel
1ª Edição Ano: 2023





SINOPSE

QUEM SÃO OS CELTAS E QUAIS OS SEUS MITOS?
De que forma podem responder às questões fundamentais da actualidade?
Os mitos falam a língua do subconsciente. Cada povo, cada cultura, desenvolve as suas próprias lendas onde deusas, deuses e criaturas fantásticas transmitem, através da linguagem simbólica, os valores, princípios e a história dessa tradição.
Alguns desses princípios só têm valor na época em que os mitos se tornam populares e conhecidos. Outros, porém, são eternos. Permanecem válidos e cheios de vida através dos séculos, preservando o conhecimento e a magia dos antigos povos. Este é o caso da Mitologia Celta.
Neste livro, os deuses e as deusas celtas, bem como as mensagens que as suas lendas transmitem, são pela primeira vez compilados e explicados em toda a sua complexa simplicidade – ou na sua simples complexidade.
Muito mais do que uma colectânea de mitos, “O Livro da Mitologia Celta” oferece ao leitor uma percepção profunda dos símbolos por trás das lendas, e de como o seu poder transformador pode gerar uma nova perspectiva para o mundo actual.
Deixe-se encantar pela riqueza e magia dos deuses e deusas celtas!
«Ainda que seja um livro que trate dos saberes e tradições de um povo antigo, apresenta ao leitor o valor e os benefícios que obtemos ao explorar esses temas nas nossas vidas modernas. É, portanto, um livro mais contemporâneo em essência que um mero olhar nostálgico sobre um tempo e um local distantes. Por conhecê-lo pessoalmente, posso afirmar que Claudio Quintino Crow esteve sempre plenamente apto a atingir a meta que estabeleceu para si mesmo: compreender a história e as crenças dos povos celtas e mostrar como estas continuam a influenciar as nossas vidas hoje. Saúdo a nova edição deste livro estimulante e acessível, e espero que inspire uma nova geração de leitores para que explorem por si mesmos toda a riqueza das tradições celtas.»
John Matthews
in Prefácio

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

O osso de prata - Andrei Kurkov


O osso de prata
Andrei Kurkov
Edição/reimpressão: 10-2024
Editor: Porto Editora
 
SINOPSE
 
Kiev, 1919. Os bolcheviques controlam a cidade, mas os czaristas ameaçam-nos a partir do Ocidente. Assiste-se a uma verdadeira cacofonia revolucionária, em que as armas abundam e a ordem pública é inexistente. Os bandidos e ladrões são bem mais numerosos que as forças de autoridade, e não param os combates entre brancos e vermelhos, anarquistas e nacionalistas...
Num clima de assassinatos e intrigas constantes, o jovem Samson Kolechko perde o pai e uma orelha às mãos dos cossacos, e torna-se, por acidente, membro da polícia soviética. No seu primeiro e perigoso caso, submergirá no caos de Kiev e nos braços de Nadezhda, uma ardente bolchevique de que Samson não conseguirá mais separar-se.
Marcado pelo humor e realismo mágico característicos de Kurkov, O osso de prata inspira-se nos arquivos das agências de combate ao crime em Kiev, criando uma narrativa viciante, enriquecida por detalhes históricos que ultrapassam em muito a ficção.

Comentário:
Kiev de 1919 em plena "aventura revolucionara", um jovem - policia improvável,  uma jovem sedutora - idealista revolucionária, ladrões, assassinos e um osso de prata, eis os ingredientes prefeitos para um romance policial, enriquecido por detalhes históricos, onde não falta: aventura, perigo, mortes, segredos, suspense  e até humor e paixão. 

Classificação 10/10

 

sábado, 21 de dezembro de 2024

Folia - Mistério de Uma Noite de Pentecostes - Paulo Borges


Nova entrada na Biblioteca JMO

Folia - Mistério de Uma Noite de Pentecostes

Paulo Borges

Ano de edição: 07-2007

Editor: Ésquilo


SINOPSE

Dando continuação ao romance Línguas de Fogo, publicado pela Ésquilo, Paulo Borges convoca os portugueses para um «Teatro Vivo e Iniciático» em que todos são protagonistas. Rompe com o intelectualismo da nossa época e propõe-nos a vivência de uma grande teofania que se tornou património da cultura portuguesa e que está subjacente no Culto do Espírito Santo e na ideia do Quinto Império. Efectivamente, esta Folia de Paulo Borges abre um novo ciclo na dramaturgia portuguesa.


terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O Luto de Elias Gro - João Tordo


O Luto de Elias Gro
João Tordo

Editor: Companhia das Letras
Data de Lançamento: abril de 2015

Numa pequena ilha perdida no Atlântico, um homem procura a solidão e o esquecimento, mas acaba por encontrar muito mais.
A ilha alberga criaturas singulares: um padre sonhador, de nome Elias Gro; uma menina de onze anos perita em anatomia; Alma, uma senhora com um coração maior do que a ilha; Norbert, um velho louco que tem por hábito vaguear na noite; e o fantasma de um escritor, cuja casa foi engolida pelo mar.
O narrador, lacerado pelo passado, luta com os seus demónios no local que escolheu para se isolar: um farol abandonado, à mercê dos caprichos da natureza - e dos outros habitantes da ilha. Com o vagar com que mudam as estações, o homem vai, passo a passo, emergindo do seu esconderijo, fazendo o seu luto, e descobrindo, numa travessia de alegria e dor, a medida certa do amor.
O luto de Elias Gro é o romance mais atmosférico e intimista de João Tordo, um mergulho na alma humana, no que ela tem de mais obscuro e luminoso.

Sobre O luto de Elias Gro:

«um romance que se abre em escuridão e labareda, para que nos vejamos ao espelho»
José Tolentino de Mendoça

«O luto de Elias Gro há-de guardar lugar próprio e intransmissível entre as melhores obras da Literatura Portuguesa contemporânea.»

João Gobern, Jornal de Letras

 «Um retrato íntimo da mortalidade.»
Isabel Lucas, Público

 «O melhor romance de Tordo.»
José Mário Silva, Expresso

Comentário:
Um romance povoado de personagens únicas, que com as vivencias (positivas ou negativas) de cada uma,  contribuem para aliviar ou agravar o "fardo" da vida das outras. Facilmente nos identificamos, com esta ou aquela personagem ou com uma ou outra característica de cada uma delas; levando-nos a uma análise introspectiva, resultando num melhor conhecimento de nós próprios e aceitação e compreensão dos outros.

Classificação: 10/10  

domingo, 10 de novembro de 2024

O DESTINO DA LIVRARIA DE KICHIJOJI - Kei Aono



O DESTINO DA LIVRARIA DE KICHIJOJI
Kei Aono
 
1 ª Edição. Junho de 2024
Editor: Singular

 



SINOPSE

 A emblemática Livraria Pégaso do histórico Bairro de Kichijoji atravessa tempos difíceis, e a relação entre Riko, uma livreira experiente, e Aki, a sua irreverente subordinada, não é a melhor.

A atitude descontraída e as ideias arrojadas da jovem e bonita Aki contrastam com a rigorosa ética de trabalho de Riko, que, com 40 anos, recupera de uma desilusão amorosa.

Perante a ameaça de encerramento da livraria, as duas mulheres terão de escolher entre o que as une e o que as separa. Numa história tão divertida quanto comovente, o amor pelos livros, o trabalho de equipa e o poder feminino são postos à prova.

 

Índias - João Morgado


Índias
João Morgado
 
Editor: Clube do Autor
1ª edição Março de 2016 / 2ª edição Setembro 2024
 
SINOPSE
Pêro da Covilhã rumou às Índias por terra, mas não regressou. Vasco da Gama chegou até lá por mar e regressou para receber todas as mordomias. D. Manuel I determinou que este seria então o capitão-mor de todas as armadas que partissem do reino em direção às Índias. Porém, logo na primeira armada, a maior, a mais lustrosa, o seu nome foi afastado e a glória coube a Pedro Álvares Cabral. Porquê?
Porque era odiado pela Igreja, pelos nobres, pelos comerciantes, pela Ordem Militar da Cruz de Cristo e pela Ordem de Santiago? Porque era odiado por todos e tinha a admiração de D. Manuel I?
Para encontrar a resposta que os livros de história esqueceram, vamos revisitar a vida de Vasco da Gama, a sua personalidade, as suas relações, os seus ódios e a sua ligação ao rei D. Manuel I.
É sabido que a história dos homens e dos povos é pó solto em vendaval, leva por isso muita reviravolta. Como pôde um homem tão cruel ser endeusado por Camões n'Os Lusíadas e ganhar o estatuto de figura cimeira dos Descobrimentos Portugueses?

Comentário:

Embarcados nesta "caravela" - Índias - viajamos, pela suas páginas, pelo mar tenebroso, não do caminho marítimo para as  Índias, antes pelo mar tenebroso da alma de Vasco da Gama, marcada pela ambição desmensurada, comandada pelo orgulho, levando ao leme a cobiça e a falta de escrúpulos que gera a desumanidade. João Morgado conta-nos a alma negra de um Vasco da Gama que não é contado nos livros de história.

Classificação 10/10

 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Erros Crassos da História - Célia Correia Loureiro

Nova entrada na Biblioteca JMO
Erros Crassos da História
Figuras históricas e os erros que mudaram o mundo
 
Célia Correia Loureiro
 
Editor:   Ideias de Ler
Data de Lançamento:     outubro de 2024            

 



SINOPSE


Será que Salazar nunca percebeu que a guerra no ultramar era um caso perdido?
Terá Pedro Álvares Cabral realmente acostado no Brasil por engano?
Estaria Hitler a delirar quando decidiu invadir a Rússia de Estaline?
É frequente contar-se a História a partir dos grandes feitos dos vencedores. Não é o caso deste livro. Erros Crassos da História visita os momentos menos iluminados de diversos nomes incontornáveis dos seus tempos, dando a conhecer enganos incríveis que marcaram a sua reputação, mas também o próprio rumo do Mundo. Aqui desvendamos decisões que levaram à perda de vidas humanas, a prejuízos incontáveis, ao desfecho de conflitos sangrentos, ao rumo e futuro de impérios e de nações, que poderão mesmo ter influenciado a forma como vivemos hoje.
Encontramo-nos, assim, perante uma abordagem diferente a pessoas e acontecimentos que continuam a causar intriga, fascínio e horror, demonstrando que também os mais hábeis e com maiores responsabilidades falham, e que as consequências desses erros podem ter mudado o mundo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O Fim de Tudo - Victor Davis Hanson

Nova entrada na Biblioteca JMO

O Fim de Tudo
de Victor Davis Hanson
Edição/reimpressão: 10-2024
Editor: Ideias de Ler
Classificação Temática: História > História Antiga
 
SINOPSE
Embora muito tenha mudado ao longo dos milénios, a natureza humana permanece inalterada. Por isso mesmo, as sociedades modernas não estão imunes ao horror de guerras como as que dizimaram diversas culturas milenares, poderosas e, aparentemente, indestrutíveis.
Em O Fim de Tudo, Victor Davis Hanson transporta-nos até ao seio de vários conflitos clássicos, desde a Antiguidade até à conquista do Novo Mundo, para revelar como a força das armas levou ao extermínio total de civilizações. Através das histórias de Tebas, Cartago, Constantinopla e Tenochtitlán, o autor retrata o drama, a violência e a insensatez da guerra, deixando aos leitores contemporâneos lições que lhes permitirão conhecer os erros do passado e pistas valiosas para conduzir a nossa sociedade a um destino que não o da catástrofe total.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Os trinta nomes de Deus - Bruno Paixão

 



Os trinta nomes de Deus
Bruno Paixão

Edição/reimpressão: 09-2024
Editor: Porto Editora



SINOPSE

Imagine um Jesus nascido nesta era, criança curiosa e filha de mãe solteira, praticante de uma fé que se afigura ambígua.

Fustigado pela avó Mohrt e pelos líderes religiosos, Ahmin Hamdan vive inquieto. Um dia, o mulá-diretor, depois de lhe negar o acesso aos «livros de ciências», açoita-o com perguntas que acabarão por lhe mudar a vida: «Sabe quem eu sou? Sabe sequer quem você é?» Sedento de respostas, Ahmin parte com o avô numa longa jornada espiritual. Ao longo da caminhada, vai encontrando personagens marcantes, como o analfabetista, o desequilibrista de circo, o nómada do rio ou o Inefável Mestre Moshe e as suas quatro mulheres.

Durante a peregrinação, Ahmin vai juntando seguidores – entre eles, Bah, uma mulher por quem se apaixona. A viagem levanta as grandes perguntas que o Homem faz desde os primórdios da civilização: quem somos? Quando morremos, para onde vamos? Se Deus é criador de tudo, criou também o mal? Pode Deus estar em todo o lado? Se Deus criou o Universo, o que fazia antes de o criar? Deus ri?

Este romance desconcertante e inspirador procura criar pontes onde tantas vezes só existem muralhas, convidando-nos a sair da esfera do mundano e a refletir sobre as grandes questões da existência.

Comentário:

Numa linguagem simples de palavras "velhas" e "novas" procura - novas respostas - às velhas perguntas que o Homem faz desde os primórdios da civilização: quem somos? Quando morremos, para onde vamos? Se Deus é criador de tudo, criou também o mal? Pode Deus estar em todo o lado? Se Deus criou o Universo, o que fazia antes de o criar? Deus ri?. 
Leva o leitor a refletir sobre as grandes questões da existência, para encontrar o sentido e o propósito da vida. 

Classificação: 10/10

sábado, 12 de outubro de 2024

A Queda das Civilizações Histórias de Grandeza e Declínio - Paul Cooper


 Nova entrada na Biblioteca JMO

A Queda das Civilizações
Histórias de Grandeza e Declínio
Paul Cooper

1ª Edição / 10-2024
Editor: Ideias de Ler


SINOPSE

Depois do sucesso do seu podcast, Paul Cooper lança agora o livro A Queda das Civilizações: Histórias de Grandeza e Declínio. Partindo de uma investigação minuciosa, entretecida numa narrativa com a ilustração de mapas, fotografias e outros documentos, o autor dá a conhecer o dia a dia de impérios que viram o seu apogeu e queda. Uma viagem pelos vários continentes, dos famosíssimos maias aos misteriosos rapanuis, da Ilha da Páscoa, podemos aqui descobrir não apenas o esplendor e a relevância destas comunidades, mas também os perigos que as fizeram ruir, questionando o que terão sentido aqueles que testemunharam o fim do único mundo que conheciam. Lançando mão do rigor de historiador e da criatividade de romancista, o autor termina esta odisseia imaginando que fim nos aguarda: os nossos automóveis obsoletos à beira da estrada, paisagens sem fim de prédios colossais. Mas nem tudo precisa de um desfecho apocalíptico: é possível aprender com os erros do passado e ensinar às gerações presentes como reedificar as nossas sociedades.

CRÍTICAS DE IMPRENSA

«A grandeza de A Queda das Civilizações [...] está em descobrir o fio condutor de cada uma destas calamidades, perguntando-se que ensinamentos universais poderemos tirar da maneira como os humanos vivem em comunidade, convivem uns com os outros – e entram em declínio.»
The Guardian
«Um baú de relíquias lendárias e assustadoras… uma história emocionante até à medula.»
The Times

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

História de Angola (Da pré-história ao início do Século XXI) - Alberto Oliveira Pinto

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História de Angola
Da pré-história ao início do Século XXI
de Alberto Oliveira Pinto
1ªEdição – Dezembro 2015
Editor: Mercado de Letras, Lda

Sinopse
Primeira história de angola escrita no período pós-independência por um historiador angolano, Alberto Oliveira Pinto, é uma obra bastante aclamada pelo publico em geral e pelos investigadores e académicos ressaltando-se a sua isenção e a ausência de qualquer conotação política.

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

A SENHORA DAS ÍNDIAS - Alberto S. Santos

A SENHORA DAS ÍNDIAS
de Alberto S. Santos

Edição/reimpressão: 05-2024
Editor: Porto Editora

SINOPSE
​​Nos séculos de ouro da presença portuguesa na Índia, uma mulher cristã protagonizou uma história de amor proibido com o poderoso imperador do Indostão.
Juliana Dias da Costa, mulher excecional formada pelos jesuítas, rompeu os cânones do seu tempo, revelando uma cultura científica fora do comum e grandes habilidades diplomáticas, o que fez dela uma figura de grande destaque na corte mais rica e próspera do mundo. Tendo permanecido fiel à sua fé num ambiente predominantemente islâmico, Juliana ajudou a expandir a sua religião, ganhando reconhecimento tanto dos imperadores mogóis como do rei português.
A Senhora das Índias recorda uma paixão inesperada e o contexto histórico rico e fascinante do império mogol e das relações entre Portugal e a Índia.
Uma extraordinária história de amor e coragem que atravessa fronteiras e culturas, e que deixou um legado inigualável.

Comentário:
Um grande romance histórico em que embarcamos numa viagem, pela pena Alberto S. Santos    "escrito na primeira pessoa" por Juliana Dias da Costa, uma mulher que marcou a história dos  séculos de ouro da presença portuguesa na Índia, mas que a História de Portugal esqueceu, 
Alberto S. Santos  conta-nos a história  uma mulher cristã protagonizou uma história de amor proibido com o poderoso imperador do Indostão e, que desempenhou um papel de grande importância nas relações  comerciais, politicas  entre o Reino Portugal (no âmbito dos interesses na Índia) e Império Mogol. 

Classificação: 10/10

 

Noite sem Lua - John Steinbeck

Nova entrada na Biblioteca JMO
(para a Lista de leituras de setembro)

Noite sem Lua
John Steinbeck
Coleção: Dois Mundos
Editor: Livros do Brasil  

SINOPSE

No meio de uma guerra mundial, uma pequena cidade é invadida por militares de outra nação que querem explorar as reservas de carvão aí existentes. O coronel Lanser, comandante dos invasores, deseja uma ocupação pacífica, colaborativa. Visita para isso o velho presidente da câmara local, Orden, que o recebe juntamente com o seu fiel amigo Winter, historiador e médico da cidade. Como podem estes proteger o povo, a sua identidade e dignidade, perante a força de um conflito insano? Inspirado pela resistência norueguesa à ocupação nazi durante a Segunda Guerra Mundial, Noite sem Lua foi publicado em 1942 e circulou, muitas vezes clandestinamente, pelos vários países europeus. Tornou-se um símbolo de coragem e de patriotismo, uma ode à liberdade.

 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal - Emílio Miranda

1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal

Emílio Miranda

 

Editor: Marcador

Data de Lançamento: Março de 2015

 





SINOPSE


Ano de 1089. Uma nação em formação ergue-se na bruma do tempo, movida pelo forte e leal braço do povo, pelo arrojo de senhores feudais e pela fé nos ditames da Igreja e dos seus ministros. Num velho mosteiro, são muitas e sinceras as preces, mas também as manobras pela conquista do poder nesse novo território.
Magistralmente concebido, 1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal relata, de forma precisa, viva e cativante, os dias da fundação de Portugal tendo como palco central as terras de um mosteiro beneditino. E não deixa de fora relatos concisos da ambição dos homens e, em particular, dos da Igreja, com os seus segredos e jogos de luz e sombra.
No alvor da nação, plebeus e senhores lutam pelo Céu e pela Liberdade. Um antigo mosteiro esconde ambições, desejos e amores proibidos. 1089 - O livro perdido das origens de Portugal, o nascimento de uma nação, as lutas dos homens, o destino de um povo.

 

S. TOMÁS DE AQUINO - CHESTERTON. (G. K.)

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Visita à Feira do Livro do Porto / 2024
Oferta: 
Angels Formula - Alfarrabista (Pav 69) / Livro Antigo - Alfarrabistas (Pav 68)
S. TOMÁS DE AQUINO.
CHESTERTON. (G. K.)
Tradução e notas de António Álvaro Dória. 4ª Edição. Colecção «Critério». Série de Filosofia. Volume 3. Livraria Cruz. Braga. 1958. Exemplar com etiqueta da Livraria Verdade e Vida - Editora.

Portugal e o mar: Viagens pelos Descobrimentos - RUI RASQUILHO / JORGE BARROS

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Visita à Feira do Livro do Porto / 2024

Portugal e o mar: Viagens pelos Descobrimentos
RUI RASQUILHO / JORGE BARROS

Editora: Círculo de Leitores / Ano: 1983

Obra publicada sob os auspícios do Comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, com texto de Rui Rasquilho e centenas de excelentes fotografias a cores de Jorge Barros.
Ilustrado no texto com gravuras e reproduções de documentos, e em extra-texto, nas páginas sem numeração expressa, com fotografias a cores de Jorge de Barros, que ocupam 160 páginas, estão divididas em cinco temas: Mar, Fortalezas, Cidades, Arquitectura Religiosa e Gentes.
Contém apresentação por José Victor Adragão, introdução de Fernando António Baptista Pereira, texto narrando as principais viagens de descobrimento por Rui Rasquilho, cronologia, bibliografia.
Síntese muito bela, imaginativa e acessível da história dos descobrimentos portugueses e dos locais e pessoas com eles relacionados.

ALQUIMISTA TROVADOR – A extraordinária vida de Raimundo Lúlio - LUÍS RACIONERO

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Visita à Feira do Livro do Porto / 2024

ALQUIMISTA TROVADOR – A extraordinária vida de Raimundo Lúlio
LUÍS RACIONERO

 ÉSQUILO – Edições e Multimédia, Lda
1ª Edição / Outubro 2006

 


Resumo

"Raimundo contemplava as mudanças de cor daquele estranho líquido (…) Sabia que estava a chegar a um ponto sem retorno. Quando tomasse aquilo, desencadear-se-iam reacçoes no seu corpo e cérebro. (…) Ele duvidava que tudo isso fosse real, mas também não o negava (…) Acontecesse o que acontecesse, iria até ao fim (…) Tomaria o Leão Verde. Quem manejava o leme do seu destino, dirigiria o seu rumo."
Mordomo-mor no palácio do rei, cavalheiro e gentil trovador, Raimundo Lúlio abandona a vida que leva em Maiorca para procurar a cura de um cancro maligno para a sua amada. Mas em pleno período histórico dos Templários, a sua viagem traz-lhe bem mais do que isso: uma vida errante de iniciação nos mistérios da Alquimia que o fará jurar perante soberanos e papas que encontrou a fórmula para harmonizar as três religioes – cristã, muçulmana e judaica –, integrando conhecimentos das ciências e da teologia.
Raimundo, o Louco, para uns, o Doutor Iluminado, para outros, a vida deste pensador, escritor e viajante medieval, permanece uma paixão nos dias que correm. Desde sempre, tem influenciado grandes génios da humanidade como Giordano Bruno e era detentor de uma sabedoria oculta que o levava a ter conhecimento no século XIII (!) da existencia da América e da possibilidade de circum-navegar a África.

Luis Racionero, ex-director da Bibioteca Nacional de Madrid e escritor com várias obras premiadas, alia neste romance a beleza literária, a poesia e a filosofia à fidelidade dos factos históricos.

O ARCANJO NEGRO - Aquilino Ribeiro

Nova entrada na Biblioteca JMO
Visita à Feira do Livro - Porto /2024

O ARCANJO NEGRO
Aquilino Ribeiro

Livraria Bertrand. Lisboa. S. d. (1947)



“Êste trabalho vem perfazer o estudo do casal lisboeta dos nossos dias encetado com Mónica. Se os figurantes são de carne viva, o seu complexo se inscreve lògicamente nas coordenadas da alma humana, se ajustam ao meio como a imagem ao caixilho, julgar-se-á agora com segurança. Ocioso dizer que a minha preocupação foi submetê-los à lei das três dimensões com objectividade, respeito pela sintaze, em tudo o culto fervente do real. Porventura o pio leitor se aperceba que andou com êles de braço dado, e  então não será preciso ajuntar mais nada em seu abono (...)”

Primeira edição de um dos mais apreciados e reeditados romances de Aquilino Ribeiro. O Livro foi primeiramente proibido pela censura (1940) e mais tarde, em 1947, foi autorizada a sua publicação, “com cortes e substituições”.


Visita à Feira do Livro do Porto 2024

 Visita à Feira do Livro do Porto 2024






sexta-feira, 9 de agosto de 2024

FORTUNA, CASO, TEMPO E SORTE - Isabel Rio Novo



FORTUNA, CASO, TEMPO E SORTE
de Isabel Rio Novo
 
Edição/reimpressão: 06-2024
Editor: Contraponto Editores

 




SINOPSE

Quem foi o homem antes da lenda? Que circunstâncias da sua vida levaram a que se tornasse um mito?
Antes de ser convertido em símbolo da nacionalidade ou em paradigma do poeta genial, Luís Vaz de Camões foi quase tudo quanto um homem podia ser no tempo em que viveu. Um estudioso e um humanista. Um sedutor que perseguiu amores proibidos. Um cortesão e um boémio, movimentando-se entre as casas dos grandes senhores e as ruelas da cidade. Um desordeiro, frequentemente envolvido em arruaças, que se viu atirado para a prisão. Um soldado que combateu no Norte de África, de onde saiu mutilado, perdendo um olho, e depois na Ásia, onde passou dezassete anos, naufragou e escapou à morte. Um viajante deslumbrado com os mundos que as viagens marítimas revelaram ao Ocidente. Um escritor que renovou a língua portuguesa, publicando uma obra excecional e perdendo outra de igual valor.
Nascido no apogeu do império, testemunhando-lhe os primeiros sinais de decadência e as consequências do desaparecimento de D. Sebastião, a quem dedicou o seu poema épico, morto no dealbar da dominação espanhola, Camões celebrou e contestou os feitos do peito ilustre lusitano e pôs em verso as contradições de uma vida pelo mundo em pedaços repartida. Morreu doente, pobre e desalentado.
Coligindo e relacionando centenas de contributos, compulsando as fontes conhecidas, mas apresentando também dados novos, confrontando as lições adquiridas sobre a vida do autor de Os Lusíadas, Isabel Rio Novo reconstitui a época para reerguer o indivíduo, revelar aspetos escondidos durante séculos e assim restituir a história de uma personalidade extraordinária.
500 anos depois do nascimento de Luís Vaz de Camões, Fortuna, Caso, Tempo e Sorte é um avanço decisivo no conhecimento da biografia do homem e do poeta, em que o rigor da pesquisa se alia ao registo inconfundível de umas das grandes vozes da literatura portuguesa contemporânea.

A Biblioteca JMO esteve presente:
















Comentário: O nosso grande Poeta, aqui é "(re)descoberto" como nunca o havia sido. O homem, o soldado, o amante, O POETA, o Grande Poeta da Língua Lusa. 
Nas comemorações dos 500 anos do seu nascimento - 1524 - 2024 - FORTUNA, CASO, TEMPO E SORTE - de Isabel Rio Novo, é  uma honrosa homenagem ao Grande Poeta da Língua Lusa. 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Estórias de Portugal - Fernando António de Almeida

Nova entrada na Biblioteca JMO

Estórias de Portugal
Fernando António de Almeida
Edição Fevereiro/2001
Círculo de Leitores

SINOPSE

Esta quase meia centena de estórias, convida-nos a percorrer a terra portuguesa. São relatos de guerras e de conquistas, são pequenas biografias de grandes homens, são acontecimentos que envolvem traições e morte de conspiradores. São, por outro lado, cenas do quotidiano de alguns séculos, pequenos crimes de gente miúda, tentativas de assassínio perpetradas por grandes senhores do reino. São estórias de gente modesta, lendas milagrosas que envolvem alguns dos nossos santos mais populares. Neste conjunto de relatos figuram, entre tantos outros, um Frei Gil que vendeu a alma ao Diabo, a par de um abade que foi mortalmente vitimado pela gula. Um cristão, escravo, e um mouro, seu amo, que viajaram pelo espaço entre o Norte de África e a vila de Arouca. O profeta Fernando da ilha de Porto Santo e o duque de Bragança, degolado em Évora, na Praça do Giraldo. A mulata Isabel Figueira, de Coimbra, e a Terceira Eva, profetisa de Tabuaço. O aventuroso, gramático e marinheiro Fernão de Oliveira e a milagrosa Santa Iria, morta a mando de Britaldo. Estes e outros personagens mais, que a História e a Lenda trouxeram até nós.

 

HISTÓRIA DE PORTUGAL. Uma perspectiva mundial. - DAVID BIRMINGHAM

Nova entrada na Biblioteca JMOHISTÓRIA DE PORTUGAL.
Uma perspectiva mundial.
DAVID BIRMINGHAM
1ª edição/ 1998
Editora: Terramar
David Birmingham é professor de História Moderna e Contemporânea. O seu primeiro livro, sobre a conquista de Angola pelos Portugueses, foi publicado em 1965, pela Oxford University Press.
Lecionou em universidades africanas e na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. Foi professor de História Moderna na Universidade de Kent, no Reino Unido, onde se jubilou.

 

sexta-feira, 26 de julho de 2024

O PASTOR KOTCHANY - Constantino Fedine

Nova entrada na Biblioteca JMO

O Pastor de Kotchany
Constantino Fedine
Editorial Inquérito, Lda / Lisboa
Colecção: As melhores Novelas dos Melhores Novelistas  / Nº 29
Ano: Fevereiro 1941

quinta-feira, 25 de julho de 2024

O Editor Esquecido Eduardo Salgueiro e a Editorial Inquérito - Rui Bondoso


O Editor Esquecido
Eduardo Salgueiro e a Editorial Inquérito
Rui Bondoso
(Agradeço ao Rui Bondoso a oferta desta sua Obra.
Obrigado!)
Editor: Edições Esgotadas
Data de Lançamento: Maio de 2024

Este livro era imprescindível para o estudo da obra de Eduardo Salgueiro e da sua Editorial Inquérito, estudo inexistente até agora. Vem colmatar uma lacuna grave com um estudo aprofundado e meticuloso sobre um editor esquecido e uma editora que foram marcantes numa época difícil e de duras batalhas contra a censura. O autor usou de uma escrita clara, firme, fluente e meticulosa, concedendo a esta obra a justa homenagem que merece.

SINOPSE

«Guiado por ti, empreenderei explorar os costumes e as tradições dos locais, chamar para os terrenos comprados, os seus agricultores, cuidar dos rebanhos, adestrar os bois como sócios no trabalho, revestir a terra de árvores silvestres e de cultivo; de seguida, após ter ido atrás dos prados e das sementeiras e de todos os trabalhos que o cuidado anual reporta ao campo, retomarei os legumes e as videiras, juntamente com o vinho. E após se ter prestado a honra devida ao cultivo dos campos, acrescentarei aves de capoeira e as doces pombas. Nem silenciarei os favos melíferos e os reinos das abelhas. De seguida, estabelecerei viveiros para o gado marinho e coutadas para ad lebres fugidias, para as cabras e para os tímidos veados.»

Comentário: 

Este livro, sobre a vida e  obra de Eduardo Salgueiro e da sua Editorial Inquérito, revela o quanto importante, este editor,  foi na oposição ao regime do Estado Novo, pelas "batalhas" travadas contra a censura, contribuindo assim para que a cultura,  neste período, fosse  menos "cinzenta". O Editor Esquecido Eduardo Salgueiro e a Editorial Inquérito - de Rui Bondoso, é um contributo inestimável para a História da Cultura no Estado Novo. 

terça-feira, 16 de julho de 2024

Nova entrada na Biblioteca JMO História de Portugal (Pequena História das Grandes Nações /Otto Zierer ) Autor(a) José Hermano Saraiva

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História de Portugal
 (Pequena História das Grandes Nações /Otto Zierer )
Autor(a) José Hermano Saraiva

1ª Edição / 1981
Editora Círculo de Leitores

 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

A Minha Primeira História de Portugal -Texto de António Manuel Couto Viana - Ilustrações de Fernando Bento


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(Coleção Histórias de Portugal)

A Minha Primeira História de Portugal
Texto de António Manuel Couto Viana
Ilustrações de Fernando Bento
4ª Edição / 1984
Editor: Verbo


 

Ao original texto (meio diálogo, meio narrativo) de António Manuel Couto Viana, juntam-se as belíssimas ilustrações de Fernando Bento, transformando o primeiro contacto com a nossa história num livro inesquecível. A partir dos 6 anos.


quarta-feira, 10 de julho de 2024

História de Portugal (Para a 4.ª classe do ensino primário (de harmonia com o novo programa) - Tomás de Barros e José Lobo

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(Colecção Histórias de Portugal) 

História de Portugal
(Para a 4.ª classe do ensino primário (de harmonia com o novo programa)
Tomás de Barros e José Lobo
Porto; Educação Nacional 

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Xogum - O Senhor do Japão - João Paulo Oliveira e Costa


Xogum - O Senhor do Japão
João Paulo Oliveira e Costa

1ª Edição: Abril de 2018
Círculo de Leitores


SINOPSE

Entre 1590 e 1600 completou-se a unificação do Império Nipónico. Ieyasu, o jogador, vai dominando o Japão tal como se ganha um jogo de go. Nesta década em que a guerra baixou de tom e em que tudo estava em aberto, o Cristianismo continuava a propagar-se pelo Japão apesar da rivalidade entre portugueses e castelhanos. Pedro e Ana predominam em Nagasáqui; os seus filhos crescem e começam a ganhar o mundo, tal como os filhos de Flávia, a bela romana. O irmão, Giuseppe, prossegue seus negócios com o auxílio de Manuol, o mirandês da ilha de Moçambique, enquanto Carlos, o samurai negro, e Ana continuam a lutar contra a paixão que sentem desde que se conheceram e quando ela afinal escolheu Pedro. Catarina, por sua vez, não esqueceu Pedro, nem Flávia e Giovanna esqueceram Roberto.
Missionários, generais e navegadores, alcaides e pastores, bandidos e soldados, mais esbirros da Inquisição e mártires japoneses, ou mercadores de Macau e vendedores de relíquias cruzam-se a cada passo com os protagonistas que deambulam pelo mundo, do Japão a Jerusalém e a Roma, ou dos Açores à Índia e à China. E em Miranda do Douro um bispo torna-se santo, as bruxas bailam ao vento e há um mistério por resolver.

Comentário:
A "estória" leva-nos ao final do sec. XVI, entre 1590 e 1600 completou-se a unificação do Império Nipónico. Na companhia das várias personagens deambulamos pelo mundo, do Japão a Jerusalém e a Roma, ou dos Açores à Índia e à China. E em Miranda do Douro um bispo torna-se santo, as bruxas bailam ao vento e há um mistério por resolver. Uma estória bem construída dentro da história  deste período. 

Classificação: 8/10

 

terça-feira, 2 de julho de 2024

Nova entrada na Biblioteca JMO

A VIDA DE NUN'ALVARES
História do estabelecimento da dinastia de Aviz
J. P. OLIVEIRA MARTINS.
Sexta edição / 1944
Parceria António Maria Pereira Livraria Editora. Lisboa.

História do estabelecimento da dinastia de Aviz. Desenhos de Casanova, acrescida de cartas recebidas pelo autor que se refere a esta obra.

 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Cerromaior - Manuel da Fonseca

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Cerromaior
Manuel da Fonseca
Capa de Manuel Ribeiro de Pavia
(1ª Edição - 1943 - PUBLICAÇÃO: Lisboa : Edirorial Inquérito.)
 Editor A Bela e o Monstro
Coleção Biblioteca da censura

Nota: " No prefácio à edição de 1982, o autor explica as condições particulares que rodearam a primeira edição desta obra basilar do neorrealismo português: submetido a uma censura prévia, o original da obra foi largamente truncado, correspondendo a edição de 1982 a uma tentativa de reconstituição de um manuscrito, entretanto, perdido. Ainda no prefácio, recorda com amargura a polémica receção com o que livro foi acolhido, sobretudo pela crítica, que se digladiou sobre a qualidade literária do romance. Insensível ao carácter de símbolo que os espaços e algumas personagens assumem no romance, a crítica reagiu contra uma escrita romanesca que, de acordo com coordenadas estéticas neorrealistas, rompia com cânones narrativos tradicionais, pela ausência de uma intriga que centralizasse os feixos narrativos, pela despretensão da escrita, límpida e simples, pela realidade social e regional que trazia para a literatura. Cerromaior, nome imaginário de uma vila alentejana, sugere um espaço fechado, uma atmosfera sufocante e rude, onde se desenrolaram em simultâneo as tragédias de uma povoação oprimida pela miséria e pela tirania dos senhores da Casa Vã. O espaço da prisão, com que se inicia e encerra o romance, depois de uma longa retrospetiva que descreveu o itinerário iniciático do crescimento de Adriano, numa aprendizagem da vida, das injustiças, da hipocrisia, da mesquinhez humana, e numa progressiva revolta contra a sociedade, simboliza outras prisões: a prisão das convenções sociais que impõem o recalcamento sexual de algumas personagens, nomeadamente de Adriano ou Lena; a prisão das recordações, de frases e imagens que a cada passo assolam as personagens; a prisão maior da fome e da miséria que tolhe a dignidade de ceifeiros e desempregados. No entanto, o romance vai descrevendo também um percurso de libertação, que, com Doninha, culmina na loucura, mas que, em Adriano, vai da realização sexual até à capacidade de assumir as suas opções e à violência contra os representantes da repressão. O enclausuramento final de Adriano deixa, por isso, em aberto uma nota positiva: "Puro e sem pecados, o coração batia-lhe. Ergueu-se. Ia caminhar. Visíveis, à sua volta, os pobres que tapavam o portão do quintal, Doninha, Zé da Água, Tóino Revel, Bia Rosa, Inácia, Antoninha, Maltês e os ceifeiros da Fonte Velha seguiam-no. Ao lado, passo a passo, a mãe ia também - nem ele sabia para onde, mas tinha a certeza de que era para uma planície de fartura e paz."


terça-feira, 18 de junho de 2024

Brutal Prince Paixão sem limites - Sophie Lark

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Brutal Prince
Paixão sem limites

Sophie Lark

Edição/reimpressão: 06-2024
Editor: 5 Sentidos

 


SINOPSE
PIOR COMBINAÇÃO ERA IMPOSSÍVEL
Os Griffin e os Gallo têm lutado pelo controlo do submundo de Chicago há gerações.
A rivalidade das duas famílias sempre foi intensa, mas ultrapassa todos os limites quando Aida, a irmã mais nova e mais selvagem dos Gallo, invade uma festa na mansão Griffin e acidentalmente pega fogo à biblioteca.
Para evitar uma guerra de gangues, o pai da jovem combina rapidamente o casamento entre ela e Callum Griffin, o filho mais velho e herdeiro da máfia irlandesa.
Frio, ambicioso e brutal, Callum está determinado a domar a sua noiva. Já Aida, famosamente feroz e imprevisível, tem mais de pantera do que de gatinha…
Ela tem um cadeado à volta do coração. Ele tem algo a provar.
Na luta por quem manda em quem, quem é que irá cair primeiro?

sábado, 8 de junho de 2024

Fernão de Magalhães - José Manuel Garcia

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Fernão de Magalhães
(Herói, traidor ou mito: a história do primeiro homem a abraçar o mundo)
José Manuel Garcia
 
Editor: Manuscrito Editora
Data de Lançamento: Outubro de 2019

 



SINOPSE
 
Entre 1505 e 1512, Fernão de Magalhães fez a primeira metade da sua viagem em torno da Terra, estendendo o braço direito para oriente. O braço esquerdo foi lançado para ocidente entre 1519 e 1521, tornando-o assim no primeiro homem a realizar a viagem de circum-navegação do planeta.
O historiador José Manuel Garcia traz-nos um relato completo desta viagem à volta do mundo, sem esquecer o homem que ultrapassou o estreito que ganhou o seu nome: Estreito de Magalhães. Herói, traidor dos interesses portugueses ou mito, esta personagem, uma das mais famosas da nossa História, tem despoletado grandes questões que aqui se procuram esclarecer.
Dotado de uma tenacidade inabalável e de uma sabedoria na arte de navegar, uniu oceanos e ligou mundos naquilo que foi a origem do processo de globalização que agora vivemos. Baseado numa apurada investigação e consulta de fontes, este livro conta a história de como foi feita a mais difícil, longa e significativa viagem marítima.
Uma proeza que ficou marcada na História da Humanidade.

 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

D. Pedro III: (Reis Consortes de Portugal) - Paulo Drumond Braga

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D. Pedro III: (Reis Consortes de Portugal)

Paulo Drumond Braga

Edição: Junho 2013

Círculo de Leitores

 



SINOPSE

D. Pedro III (1717-1786), quinto filho de D. João V e de D. Maria Ana de Áustria, foi rei consorte de Portugal (1777-1786) em virtude de ter desposado uma sobrinha, a futura rainha D. Maria I. Honesto, sincero, ingénuo, crédulo, talvez mesmo pouco inteligente

e, ao mesmo tempo, devoto, caritativo, discreto, avarento e teimoso, foi muito apreciador de caçadas, jogos de cartas e corridas de touros, mas não era, de todo, um homem dado à cultura.

O famoso mecenato que exerceu prendeu-se sempre com o embelezamento de espaços que lhe pertenciam, como o palácio de Queluz e a quinta de Caxias. Por outro lado, o gosto pela ópera advinha mais de algo que se tornara rotineiro na corte portuguesa

do que propriamente de uma apurada sensibilidade musical.

Como rei, embora tenha tentado que se fizesse justiça em relação a certos aspetos do reinado de seu irmão mais velho, D. José I, não se pode dizer que fosse um homem de causas. Tinha, entretanto, enorme ascendente sobre a mulher, parecendo claro que influenciou a tomada de algumas decisões, inspirou várias nomeações e contribuiu para o afastamento ou para a manutenção à margem de algumas figuras que lhe eram menos simpáticas.

 

D. Fernando II (Reis consortes de Portugal) - Maria Antónia Lopes.

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D. Fernando II (Reis consortes de Portugal)

Maria Antónia Lopes.

Edição Junho 2013

Círculo de Leitores

 

 

SINOPSE

Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha nasceu em Viena, em 1816, no seio de uma família saxo-austro-húngara. Pelo seu casamento em 1836 com a rainha D. Maria II, tornou-se príncipe português e no ano seguinte, com o nascimento de um herdeiro, rei consorte de Portugal. Sem se omitir o protagonismo político de D. Fernando, incluindo a sua recusa em ser rei da Grécia e rei de Espanha (talvez lhe devamos a independência), salienta-se a sua vida privada, aquela que este homem culto e sociável, orgulhoso e egocêntrico, mas dotado de uma alegria inata e de uma personalidade cativante, verdadeiramente apreciava.
Foi, aliás, o seu comportamento a nível familiar que provocou as duas grandes polémicas da sua vida: em 1869, ao casar por amor com uma antiga cantora e, quando morreu, ao saber-se que lhe deixara o Palácio e Jardins da Pena. Porque agrada mais à sensibilidade atual, o segundo casamento tem feito esquecer o primeiro, uma união feliz que a morte da rainha desfez em 1853 e deixou o viúvo destroçado.

 

O Vermelho e o Verde - José Jorge Letria


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O Vermelho e o Verde

José Jorge Letria

Data de Lançamento: abril de 2010

Editor: Planeta

 


SINOPSE

O Vermelho e o Verde é um intenso fresco narrativo cuja acção decorre entre 1 de Fevereiro de 1908, dia do regicídio, e o fim do Verão de 1918, ano da gripe espanhola, do fim da Primeira Guerra Mundial e do assassinato de Sidónio Pais, na Estação do Rossio. Neste romance confrontam-se ideias e personalidades, afectos e memórias, sonhos e desaires, republicanos e monárquicos, pais e filhos, e ainda modos distintos e conflituantes de pensar Portugal.

Elegendo como protagonista um jovem civil que combate na Rotunda ao lado de Machado Santos e que mais tarde será ferido na Flandres, integrado no Corpo Expedicionário Português, José Jorge Letria fornece ao leitor uma visão emotiva e dramática de uma época em que Portugal rompeu com um passado de séculos. As duas cores que se combinam no título do livro, e que são as dominantes na Bandeira Nacional, representam também o confronto entre ideais e afectos, entre seres humanos e as suas visões do mundo. Neste novo romance José Jorge Letria não só revela uma extraordinária mestria narrativa de forte pendor poético mas também a alma incendiária de paixão revolucionária dos protagonistas reais e ficcionais desses anos de sonho, tensão e mudança.


sábado, 11 de maio de 2024

Templários em Portugal Homens de religião e de guerra - Paula Pinto Costa

Templários em Portugal
Homens de religião e de guerra

Paula Pinto Costa

Editor: Manuscrito Editora

Edição: novembro de 2019


 

Paula Pinto Costa, historiadora e professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, traz-nos uma investigação apurada sobre a presença dos Templários em Portugal. Para além das imagens estereotipadas, das lendas e dos mitos, este livro traça a história desta ordem da Idade Média desde a sua fundação até ao processo de desacreditação e ao seu desaparecimento abrupto no início do século XIV.

SINOPSE

A Ordem do Templo não teve uma vida longa. Existiu durante quase duzentos anos (1119/20-1312), mas a curiosidade sobre esta e os seus cavaleiros atravessou séculos. Homens de religião e de guerra aliavam à vida de oração a arte militar, em particular a guerra defensiva com o propósito de proteger os lugares sagrados da Terra Santa e os peregrinos vindos das mais longínquas terras europeias.

Apoiados pelo Papa e pelas principais monarquias da época, estes freires cavaleiros, na sua maioria, ganharam respeito e prestígio e viram recompensada a sua bravura militar, com a concessão de propriedades e benesses que levaram a um poder crescente da Ordem.


Levantado do Chão - José Saramago


Levantado do Chão

José Saramago

4ª Edição

Data de Impressão 25 de Janeiro de 1983

Editorial Caminho SARL


«Um dia compreendi - foi uma coisa súbita de que mal tenho memória -, que só poderia escrever o livro [Levantado do Chão] se o contasse, isto é, transformando-me eu em narrador multiplicado, de fora e dentro, próximo e distanciado, grave e irónico, terno e brutal, ingénuo e experiente, um narrador que ao dizer a realidade, e para a dizer, fosse capaz de a inventar em cada momento. Percebi que isto só poderia ser feito se reconstituísse a oralidade na escrita, se fizesse da escrita discurso no sentido próprio, mas rejeitando sem piedade qualquer tentação de transcrição fonética, que é a pior das armadilhas. Sacrifiquei sem nenhum remorso o pitoresco, a cor local, o folclore. Com isto tudo, não tive de empurrar nenhuma porta, foi ela que se me abriu quando me aproximei pelo caminho certo. A partir daí foi fácil.»

José Saramago

Comentário;

"Levantado do Chão" é a primeira obra, de Saramago, que nos revela "o estilo narrativo" que lhe abriu o caminho que o levaria ao Nobel, que o reconheceu, Saramago e o seu o estilo narrativo, como “aquele que com parábolas portadoras de imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade fugidia”.

Classificação: 10/10

terça-feira, 7 de maio de 2024

HISTÓRIA GERAL E PÁTRIA (VOL I) - António Mattoso / António Henriques

 

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(Coleção "História de Portugal)

HISTÓRIA GERAL E PÁTRIA (VOL I)

António Mattoso / António Henriques

Livraria Sá da Costa Editores / Lisboa 1972